segunda-feira, novembro 27, 2006

2 Aniversários e um Funeral.

Ontem dois primos meus fizeram anos e o pai de uma prima minha por afinidade morreu! Tudo no mesmo dia. Dado eu viver ao lado da Igreja não tive como escapar de ir ao velório. E lá fui eu 5 minutos ao velório. Uma coisa a que eu já não ia faz bastante tempo. Chegando, dou de caras com algo que não me lembrava que ia ver, o corpo. Depois, pessoas em volta a chorar pela pessoa perdida. À porta encontravam-se alguns familiares a falar de Beja e como se comia bem na tasca que ficava a 2 km de lá. O que é que essas pessoas foram lá fazer??? Sinceramente, ou não iam, ou iam e ficavam caladas. Até eu consegui permanecer mudo, embora a vontade de rir tivesse sido bastante. Isto porque quando fico com nervos dá-me vontade de rir. Quando cheguei comecei a pensar "e se agora eu me desequilibrasse e caísse em cima do corpo tipo à britcom. Havia de ser giro!As pessoas todas a olharem-me de lado devido à minha pequena escorregadela. Ou entrar ali alguém com uma grande bebedeira e a a agarrar no corpo e começar a dançar. Ou o corpo levantar-se por si mesmo tipo à filme de hollywood . Tive de sair dali antes que desatasse a rir com os meus pensamentos estúpidos...
Por isso meus amigos, no meu velório, agradeço que vá apenas quem se quiser despedir de mim, se vão para conversar sobre coiratos fiquem em casa. Os que vão podem levar as minhas músicas favoritas e dançarem lá que eu não me importo. Quero alegria no meu velório. Dancem, levem tv pa verem os nossos espectáculos, riam-se com os nossos enganos, tirem fotos comigo para mais tarde recordar...Mas por favor, não vão lá porque têm de ir ou porque parece bem. Isso não! Quero todos contentes pois sei que apesar de nos deixarmos de ver, irão sempre ter boas recordações de momentos passados comigo. Ensaios divertidos, estudos que acabaram em tudo menos estudos, dormidas no cinema, momentos brilhantes na discoteca, idas à sucapa a campeonatos, idas à praia, jantares e bebedeiras, fazer coreografias sob pressão, ir ao bairro , idas ao Hamburgo, idas ao Copenhaga e afins, idas à baixa, idas ao adamastor... Fiz tantas coisas que sei que deixei a minha marca nas pessoas e são essas marcas que eu quero que se lembrem quando partir, dando vos motivos para sorrirem, não de chorarem...
Quanto ao pai da minha prima, só espero que esteja bem aonde estiver... E a ela e restante família, força e coragem que esta vida é de passagem, já dizia o meu amigo Beto.

Have I told you...?


Ai ai, já vos disse que vou passar o Natal e o Ano Novo à Escócia??? Já vos disse que adoro os meus chefes??? Já vos disse que vou passar o Ano Novo de kilt? Já vos disse que trabalho na H&M e adoro os meus chefes? Já vos disse que na quarta vai abrir a H&M no Almada Fórum? Já vos disse que vai ter os conceitos hennes e young, ou seja, só roupa de senhora, mas de todos os géneros e idades? Já vos disse que adoro os meus colegas de trabalho? Se não, tenho dito!!!!

terça-feira, novembro 21, 2006

Alzheimer

Nem sabem o que me aconteceu. Ontem, estava muito bem a fazer a minha corrida matinal, quando sou confrontado com uma velha a esbracejar por tudo o que era braços e a gritar como uma louca. Como estava com phones não percebi nada, mas como havia um Alerta Médico nessa rua pensei que estava a assistir a um desabafo ou devaneio de uma mentecapta qualquer. Quando me apercebi que a mulher falava comigo lá tirei os phones. A senhora em um segundo pediu-me para alcançar a senhora que estava ao fundo da rua pois tinha alzheimer, tinha fugido de casa e as suas pernas já não davam para correr. Como bom samaritano que sou, lá dei corda aos ténis e corri à velocidade da luz. Lá apanhei a senhora que pensou que a quisesse assaltar. E iniciámos um diálogo:
-Então já não se lembra de mim, não é? Venha, vou levá-la para casa que estamos à sua espera para almoçar. - disse eu
-Você deve estar a confundir-me com alguém - diz-me a senhora muito assustada.
- Não estou nada, até estão ali a chamá-la - disse eu apontando para a senhora que me tinha pedido para a alcançar.
Quando olho para a a senhora que me fez o pedido vejo-a de novo a esbracejar e a berrar. Passado cinco segundos é que percebi que não era essa a senhora a alcançar, mas sim uma senhora mais velha de estava mesmo no fim da avenida.
Lá volto eu a voar para alcançar a senhora. Quando finalmente cheguei perto dela, vi-a a tentar atravessar a rua. Chamei-a, abracei-a e olhei-a nos olhos. Vi um vazio! Um desespero! Cortou-me o coração. Dei a mesma conversa que dei a outra senhora e ela veio comigo sem questionar. Não sabia quem eu era, mas também se desconhecia a ela própria.... Nem sabia para onde ia... Quando a filha dela chegou perto de nós perguntou à mãe aonde ia e porque tinha fugido de casa. Escusado será dizer que a senhora não reconheceu a filha nem aonde ficava a casa dela. Ficou simplesmente especada como um autista. A filha desesperada agarrou-se à mãe a chorar e a senhora começou também a chorar, mas sem saber porque chorava, a não ser por nada saber.
Depois a filha agradeceu-me com os normais "Deus lhe pague, muito obrigado, não tenho como agradecer" e lá continuei eu na minha corrida matinal. Entretanto cruzei-me com a senhora que eu pensei que sofresse de alzheimer e lá ela me confessou que tinha ficado com medo pois pensava que eu a queria assaltar. Uma pessoa já não pode ser preta, correr que já vai roubar ou já roubou. Praticamos boas acções e ainda levamos com estas...
Mas o que me preocupou foi a falta de memória que esta doença nos provoca. Já pensaram na aflição que deve ser não nos conhecermos e não conhecermos ninguém ao nosso redor? Sentirmo-nos perdidos em nós próprios e vivermos num corpo estranho e numa casa de estranhos... Procurar algo sem saber o quê... E a aflição das pessoas que nos amam? A dor que um filho sente quando a mãe não o reconhece... Deve ser terrível! Depois lá veio o meu lado egoísta ao de cima e pus-me a pensar o que seria de mim que não me quero casar, que não quero ter filhos, que quer que cada um viva em sua casa. Quem cuidará de mim quando envelhecer? Quem cuidará de mim quando tiver lapsos de memória e perda de urina? Como será a minha velhice? Será que a minha reforma vai chegar para pagar um bom lar, ou vou ter de recorrer a lares "tulipa, cantinho dos avós, paraíso" ou pior "centro comunitário"?
Mas como não consigo ter pensamentos muito sérios durante muito tempo comecei logo a parvejar e a fazer filmes. Provavelmente aquela senhora estava presa, em cativeiro, sedada, cheia de calmantes para não fugir de casa. Isso porque é dona que imensos terrenos e a filha para ficar com tudo e não repartir nada com os irmãos apossou-se da pobre senhora. E a senhora, com tudo planeado para a fuga, comprimidos debaixo da língua, aproveitou que a maldosa da filha foi à padaria para se pirar. Ala que se faz tarde! Quando julgava que tinha escapado às garras da bruxa da filha, aparece um preto (capanga da filha) para a apanhar. E quando me viu, lá se fez de esquecida outra vez, só para me enganar, fingindo que tinha fugido porque estava maluca em vez de lúcida que estava. Quando viu a filha desatou a chorar pois sabia que ia sofrer as consequências do seu acto heróico, mas pouco sensato ou mal planeado.
Não seria a primeira vez que isso acontecia, pelo menos aqui na zona, mas normalmente espetam-nos é nos lares, noutra cidade qualquer. Já ouvi relatos desses. Por dinheiro esta gente faz tudo... Mas enfim, acho que o caso era mesmo o de alzheimer, penso eu. Ainda vou arder no mámore do inferno por isto. Tudo isto levou-me a pensar que tenho três hipóteses. Ou me transformo em tubarão rapidamente, ou descobrem a cura p'essa merda ou tou fodido!
Ah e não fica por aqui! À vinda da faculdade ainda apanhei dois deficientes que se sentaram ao meu lado no comboio. Um idoso que não de percebia nada do que dizia. Falava mais baixo que uma adolescente com problemas de confiança e a outra era uma rapariga que não batia bem da bola. Era tonha fanhosa a falar com muitas paragens e devia tar com muita fome pois só comia palavras. Pela conversa, tinham vindo da consulta (do Júlio de Matos, penso eu) e o mais engraçado é que se entendiam os dois. Eu não percebia nada do que diziam, mas eles comunicavam-se que era uma maravilha. Escusado será dizer que pouco tempo depois mudei de carruagem. Já tinha tido demasiado contacto com doenças por um dia...

domingo, novembro 19, 2006

Eles são uma Nação!!!

Meus amigos, não pensem que esses gajos da #erbalife são uns otários e completos anormais. Não os comparem a vendedores do Círculos de Leitores e a Testemunhas de Jeová. Eles são verdadeiros empresários. E eu que o diga, já que desde quinta feira até hoje (domingo) os vejo no pavilhão atlântico. Eles são russos, gregos, italianos, espanhois, tudo e mais alguma coisa. Ou seja, penso que os meninos do "quer emagrecer pergunte-me como" alugaram o pavilhão atlântico para um meeting internacional. Isso claro, é porque devem ganhar mal, não é, coitadinhos, caso contrário alugavam-no por um mês não é? Ai tanta peninha que eu tenho deles... Eu ainda tive uma colega que, coitada, ludibriada, concorreu a um anúncio daqueles que nos diz maravilhas como "ganhe 1500 euros por mês sem sair de casa". É claro que ela acabou por ir a uma palestra do género: "ola eu sou o Horácio e perdi 30 quilos", e o resto do pessoal a bater palmas contentes da vida. Também eu ficava caso ganhasse o mesmo que eles.. Sim pois eu vi-os a fazer compras, a gastarem rios de dinheiro...Eu preferia comprar roupa na praça do que a ter de fazer aquelas figuras tristes... E porque é que eu estou a falar destes intrujas, perutam vocês... Eu estou a falar neles porque esses meninos ganham rios de dinheiro à sucapa, não é a toa que uma amiga do meu colega com apenas 23 anos vai comprar a #uta dum BM à pala da #erbalife.. Ah pois, intrujar batidos, pastilhas e cremes para a cara dá dinheiro. Portanto meus caros amigos, aqui fica o aviso, de quem vos quer bem... Não vão em conversas com esses tipos, que se fazem de coitadinhos e que se queixam que a vida ta dificil, poi lá no fundo estão-se a rir na nossas cara- "ah, já enganei mais um otário". Ao menos que fossem sinceros e usassem crachás a dizer "quer enriquecer, pergunte-me como". Cambada de intrujas!!! Bah!!!