segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Uma noite no mínimo memorável (LUX)



Pois é, este fim-de-semana foi muito caricato. No Sábado acabei por ir ao Lux com umas amigas minhas e também fiquei de me encontrar com uns amigos meus. Uma coisa que eu adoro no Lux é a pura descontracção das pessoas. Ali cada um veste o que gosta, independentemente de estar na moda ou não. Cada um é como é e cada um sabe de si! Mas pelos vistos, Deus não sabe de todos. E como eu sou uma dessas pessoas, adoro aquele lugar. Sinto-me normal, no meio dos “anormais” fazendo parte desse “grupo”. Também há pessoas que vão ao Lux para se mostrarem, mas a esses ninguém liga. Já não ia ao Lux fazia bastante tempo e notei uma grande diferença. Antigamente era raro o beto que por lá andava, sendo um lugar mais frequentado por amantes das artes mas agora parece que são alguns. Se bem que observei uns quantos e eram só betos na maneira de vestir. Pelo que me pareceu que não optaram pela filosofia de vida dessa comunidade, sendo bastante simpáticos. E eu como acredito na coexistência de espécies não me importo nada de partilhar o meu espaço.

Para além dos pseudo-betos , que se vestiam de igual, raros eram aqueles que se vestiam do mesmo modo, logo se fosse falar das coisas mais estranhas que vi nunca sairia daqui, portanto o melhor é verem com os próprios olhos quando um dia lá forem, ou se já foram, sabem perfeitamente do que estou a falar. Só vou mencionar dois trajes que eu achei no mínimo originais. Um jovem com uma camisa de marinheiro, com o símbolo da ancora e tudo. Estava deveras “original” dado que era home-made. Devia ser algum fetiche com certeza…
E o outro traje em questão era um rapaz com uma camisa cava e cheio de correntes, com um estilo muito…próprio!

Mas o que eu queria mesmo era escrever sobre a música. A maneira como sentem a música. Nunca fui fã de electrotrance e dançar sempre a mesma batida numa música faz me alguma confusão. Mas desta vez até gostei bastante. Talvez porque adorei ver como cada um sentia a música de diferente maneira. Nunca vi tanta gente junta a dançar a mesma música de maneira tão diferente. Alguns pareciam bailarinos de contemporânea. Outros que tinham espasmos no corpo inteiro, ou em determinadas partes do corpo…Gostei bastante e comecei também a entrar no jogo. A dançar e a sentir a musica de modo diferente. O meu corpo começou a reagir de forma igualmente estranha. Parecia uma dança tribal, onde o meu corpo respondia como uma cobra responde à flauta! Foi mágico! Adorei e espero voltar a experimentar. Quem sabe para a próxima me aventure um pouco mais e experimente a dança contemporânea…
Depois de toda esta experiência de expressão corporal e musical é que compreendi porque é que gosto tanto do Lux! Ali ninguém tem vergonha de fazer o que apetece por parecer mal ou por qualquer que seja o motivo. Ali toda a gente é livre de fazer o que quiser contando que não choque com liberdade dos demais.
Quanto às minhas amigas que foram ao Lux comigo pela primeira vez, espero que tenham gostado! Eu gostei bastante! Se bem que, como elas sabem, aconteceram coisas desnecessárias! Mas como sempre disse: sem os maus momentos, os bons momentos não saberiam tão bem!