quinta-feira, janeiro 26, 2006

Beleza, Mulheres e Joio



Isto contado ninguém acredita. Será que já não se pode andar à vontade pela cidade de Lisboa sem ser incomodado? Que raio. Nunca me senti tão incomodado! Hoje estava naqueles dias em que nem me apetecia levantar da cama. Ou seja, o normal! Deixei-me na cama até só ter tempo de tomar banho. Ainda queria fazer a barba, que por sinal está quase tão grande como a do Pai Natal, mas preferi desperdiçar esses dez minutos na minha caminha. Enfim, depois de tomar banho, lavar os dentes e tudo mais, vesti a primeira peça de roupa que me apareceu à frente e fui trabalhar. Já no trabalho olhei para um espelho e pensei: “ Não tens vergonha de vires trabalhar neste estado? Olha-me esse cabelo…E a barba? Se a tua mãe te visse…”
Entretanto, deixei de ter contacto visual com o espelho e continuei no meu trabalho “sossegadito” da vida. Depois de sair do trabalho olho para mim com “olhos de ver” e penso: “estou uma lástima. Ao menos ninguém vai reparar em mim”. Pois logo hoje, que estava no meu pior, foi o dia que mais fui “assediado”. Todo mal vestido, umas calças de ganga do tempo do Mário Soares, umas t-shirts velhas (também do tempo do Mário Soares) e uns casacões que nada tinham a ver com resto, era o que trazia. Mas mesmo assim, o pior era a barba que me dava o aspecto do indivíduo mais procurado pelo FBI, CIA, Interpol e M6.
Juro que pensei continuar com esse aspecto durante muito tempo até encontrar alguém que gostasse realmente de mim. Assim, essa pessoa tinha mesmo de gostar de mim como pessoa e não como pedaço de carne! Farto de relações pouco duradouras ou de “Samanthas Jones” ando eu! Também não ando à procura da minha alma gémea, mas se tiver que aparecer, vai ser muito bem-vinda.
Continuando; vou eu muito bem sentar-me num banco da estação à espera do comboio, quando deparo-me com duas tipas a sentarem-se ao meu lado e a fixarem os seus olhos nos meus, como se olhassem para mim e vissem uma mousse de chocolate caseira. De momento deu-me para rir. Ora bolas, nem assim vestido elas me largam. Ou então, por estar assim vestido é que estas vieram embicar comigo. Não dando demasiada importância à situação continuei a minha vidita a ouvir sigur rós no meu leitor de mp3. Segundos mais tarde começo a ver as ditas cujas a falarem ao telemóvel nas posições mais esquisitas que se possa imaginar. Nem as contorcionistas conseguem fazer tais proezas! Foi aí que me ocorreu a bela ideia… “se calhar não estão a falar ao telemóvel mas sim a tirar-me fotos.” E não é que era mesmo. Resolvi não criar caso e quando chegou o comboio aproveitei-me para me distanciar delas escolhendo outro carruagem. Não é que quando vejo o reflexo da minha imagem nas janelas do comboio, vejo as duas tipas ao meu lado? Antes de entrar no comboio dirigi-me a outra carruagem mas sem sorte alguma, pois as indivíduas seguiam-se a meu lado. Mudei então para outra carruagem, desta vez com sucesso. Sentei-me num dos bancos e pensei: “ Já me safei, se ao menos fossem interessantes…” Não é que passado dez minutos as infelizes sentaram-se ao meu lado! Eu queria-me atirar da ponte, mas aguentei-me calmamente até ao fim da viagem, sempre de phones nos ouvidos e a “dormir” de boca aberta a ver se perdia o “charme”. Mas nem mesmo assim se aperceberam do meu desinteresse. Até que finalmente, cheguei ao meu destino e pus me a milhas mais rápido que o Speedy Gonçalez.
Agora digam-me. Aonde anda a decência dessas “gajas”? Estarão as mulheres assim tão desesperadas ou querem tornar-se as caçadoras e fazer de nós as presas? Lisboa, uma metrópole tão cheia de gente, é preciso atacar a primeira presa? Terei sido eu a primeira presa? Depois querem respeito. Como é possível se grande parte delas não se dá ao respeito? Está tudo do avesso. Qualquer dia ainda tiram o trabalho às trabalhadoras da profissão mais antiga do Mundo. Realmente, se isto continuar assim, a existência de tal profissão deixará de ter razão de ser. Contudo, não devemos discriminar e generalizar. Não podemos “julgar” um todo por uma parcela. Não nos esquecendo também que é no meio deste joio que temos de encontrar a nossa futura mulher.

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Isto é mesmo a sério?
Aconteceu-te mesmo isto?
É mesmo isto que querias dizer?
Era mesmo desta forma?

1:45 da manhã  

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