domingo, abril 02, 2006

Produções fictícias. De in a out!

Ontem foi um dia muito atribulado! Fui a um lançamento de um livro e ao aniversário de uma produtora. Supostamente deveria ter chegado às 10 da noite conforme vinha escrito no convite. Mas para não variar cheguei uma hora mais tarde. Mas também a culpa é de Lisboa. O lançamento do livro juntamente com o aniversário era no teatro tivoli e eu demorei 15 minutos para conseguir estacionar o carro. Estava impossível. Quando cheguei, já a autora do livro estava a subir para o palco mais os restantes colaboradores que ajudaram na realizaçao do livro. Entre as "personagens" estava o Herman José e o Mechias. Só tive tempo de me sentar e assistir ao lançamento do livro. Coisa que sinceramente detesto. Mas desta vez, a "missa" não foi nada maçadora. Só não gostei da piada ordinária que o Sr. Herman contou sobre sexo oral, estando lá pelo menos duas crianças com 14 anos. Depois disso, foi a altura do "comes e bebes". Um bolito referente ao 13º aniversário da produtora, champanhe, musica, bebida, tudo e mais alguma coisa. De repente comecei a olhar em volta e era só celebridades e alguns vips. Actores, realizadores, escritores, advogados, jornalistas... Acho que o único representante do zé povinho era eu e a minha amiga. Então, que fazer? Cortar, cortar, cortar, cortar... Havia lá de tudo. Gordas muito mal vestidas, até com saias curtas, linda de morrer, super bem vestidas, pirosas, enfim... O que eu mais gostei foi de como eles "dançavam"... E o bailarino ali era eu. Eles andavam pela sala a ver se conheciam ou se eram conhecidos por alguém. E lá falavam uns com os outros. Parecia que estavam a dançar a valsa, todos emproados e passado minutos mudavam de parceiro. Sempre a rirem como se tivessem ganho o euromilhoes. Havia lá uma actriz que já me estava a irritar. Uma que fez de jornalista na serie do cão policia. Não sei o nome dela e também não me vou dar ao trabalho de procurar. Ela não merece esse esforço. Andava lá de um lado para o outro armada em vedeta e depois olhava para mim e ria-se ou fazia sinais com os olhos, que nunca cheguei a entender o que queriam dizer. Mas não fazia isso para me saltar para espinha. Fazia para as pessoas repararem nela o que a fazia sentir-se importante, solicitada... Há pessoas que realmente têm uma necessidade enorme de afirmação... Que otária. E os olhares... O meu ego disparou em flecha, até mesmo com os maridos do lado as desavergonhadas olhavam. Mas os maridos queriam lá saber. Estavam de olho na minha amiga. Quando ela me deixou sozinho para ir à casa de banho até se foram sentar perto de mim. Foi uma festa. Depois da ceia e do dj pôr um som porreiro, um pouco electro, lá decidimos ir curtir a noite para outro sitio, que aquela festa já me estava a irritar. Já não aguentava mais com aquela gente ficticia.Nunca vi tantas loiras esbranquiçadas juntas. Decidimos então ir para a Kapital. Sítio esse que só tinha ido uma única vez e tinha detestado. Na única vez que tinha ido lá, aquele espaço tão bem conotado parecia um bar de engates. Literalmente. Bem, lá fomos nós à bela da Kapital, mas quando chegámos à porta estava uma fila enorme. Fila não. Um amontoado de gente em volta da porta. Então os porteiros andavam a escolher o pessoal para entrar... Mas que merda é esta? Pensava que estávamos na Europa. Pensam que são o quê? Studio 54? Quem lhes dera! E as pessoas à volta da porta à espera que os chamassem. Tipo cão sem dono. Que horror! Ou seja, fui me embora! Com um pó aqueles porteiros otários com cara de sonsos... Mas o que me irritou mais foram as pessoas ali especadas à espera para entrarem. Pessoas que iam consumir, dar lucro à casa. E a serem mal tratados. Aonde é que já se viu? Que toinos, só para dizerem que frequentam "o sítio".
Resultado, como já tinha posto o carro no parque acabei por ficar naquela zona, e fui acabar a noite no comvento. Estava uma fila enorme para entrar, mas como o porteiro já nos conhecia passou-nos à frente. Já não ia ao comvento fazia meses. Quando entrei, apanhei um susto tremendo...Os empregados já não eram os mesmo, ou seja, acabaram-se as bebidas à borlix. O ambiente estava um pouco pesado. Mas os seguranças, que já nos conheciam, foram do mais simpático que poderiam ser. Adorei. Apesar de parecer que estava numa disco em Bronx, senti-me confortável pela simpatia e forma como nos receberam. Muito atenciosos mesmo. Mas sinceramente, o ambiente, estilo bronx, mesmo festas do sub-mundo.
Mas mesmo prefiro isso a ser maltratado num sítio super in. No meu caso out!
Como vêem foi uma noite muito agitada, desde beverly hills a bronx, houve de tudo.

1 Comentários:

Blogger Adélie disse...

Pois, essas festas já foram quase o Pão nosso de cada dia na minha vida e de vez em quando regresssa essa onda. Trabalhar no mundo da comunicação é tramado,falo por experiência própria. é uma área podre , com muito brilho e lantejoulas, para tapar muita podridão...
A última coisa dessas foi mesmo ver o Henri Castelli completamente "cocaínado"...

4:58 da tarde  

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